Bernardo Oliveira, publicou no seu blog, sobre a musica imperdivel de Negro Leo, The Last Unicorn.
(Imperdivel porque é uma espécie de guia das ruas e becos, ao mesmo tempo uma viela estranha, cheia de entradas, intervalos, saídas e ruídos. A musica antecipa os melhores espaços, mas não deixa de cria-los também. Esse é o caso, a musica do Negro Leo traz o espaço do ‘delírio anti totalitário’, apontando não só a obvia decomposição dos corpos feitas pelo estado e evidenciado pela dinâmica das pautas que estiveram nas ruas durante as jornadas de julho, mas avança deglutindo boa parte da complexidade dos esquemas mortíferos e apontando sinais sujos de saídas)

Nas palavras do Bernardo
‘“O delírio antitotalitário da cola de sapateiro. O estado sente muito.” Durante os levantes de julho de 2013, esta frase me veio à cabeça por muitas vezes. O delírio da cola de sapateiro é o impulso delirante da arte contra a ação repressora do capital (leia-se, do Estado). Mas “The Last Unicorn” comporta outras interpretações. Uma canção política que reivindica o poder do delírio através de uma arte violenta, enunciada aos berros.”‘

A matéria do Bernardo Oliveira
http://materialmaterial.blogspot.com.br/2013/12/retrospectiva-2013-100-faixas-bernardo.html

A música do Negro Leo
http://negroleo.bandcamp.com/track/the-last-unicorn

a Letra de ‘The Last Unicorn’

Foda-se se gaza é o fígado do mundo
Meus problemas já são suficientes pra ocupar a eternidade de um santo
Enquanto isso Ava e eu delinquindo no orvalho
O delírio anti-totalitário da cola de sapateiro
O Estado sente muito
A degradação geral dos corpos
General Motors, general electrics, genitais, garotas
O nativismo multifário
É um mito detergente
A bomba atômica do bom selvagem